SIMPÓSIO INTERNACIONAL

DIFICULDADES NO APRENDIZADO DA LEITURA E DA ESCRITA: da avaliação às estratégias de remediação

  19 e 20  de OUTUBRO de 2012

UniFMU – Campus Ibirapuera

Avenida Santo Amaro, 1239 – Vila Nova Conceição - São Paulo – SP

 

 

PREMIAÇÃO

Melhor trabalho científico na categoria poster.

POSTER No. 7 - COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA, ATIVIDADE CRIADORA E LINGUAGEM: O TRABALHO MULTIFACETADO COM SUJEITOS COM PARALISIA CEREBRAL

Givigi, R.C.N.(1) ; Diógenes, B.S.(2) ;  Alcântara, J. N.(3) & Dourado, S.S.F. (4)

RESUMO

 

Este trabalho faz parte de um projeto de pesquisa que articula temas presentes no campo da Fonoaudiologia, intitulado: A comunicação alternativa e ampliada como dispositivo para atividade criadora e de linguagem em sujeitos com paralisia cerebral. Neste projeto, as práticas fonoaudiológicas são construídas na perspectiva do trabalho em redes. A criança, sujeito da pesquisa, é subsidiada com atendimentos clínicos dentro do setting terapêutico; com a família desdobram-se o trabalho em entrevistas individuais e visitas domiciliares; e na escola realizam-se visitas semanais para acompanhamento das crianças, numa parceria junto às instituições. Em se tratando de sujeitos com paralisia cerebral, sabe-se que nas últimas décadas intensificaram-se as tentativas de aumentar suas possibilidades de comunicação, o que justifica o grande desenvolvimento dessa área, destacando os sistemas de Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA). A CAA é utilizada quando o sujeito não pode se comunicar pela fala e quando são necessárias formas alternativas para fazê-lo. Neste trabalho, a CAA foi pensada enquanto dispositivo para a construção da linguagem. No viés aqui assumido, a linguagem e outras atividades se entrelaçam e se interdefinem, o que contribui para o abandono de uma postura imutável por parte dos sujeitos, que tomam a comunicação como ferramenta de ação e busca da emancipação social. Seguindo Vygotsky quanto à concepção de linguagem, pode-se trazer ainda o significado de atividade criadora para o trabalho realizado, ressaltando que esta se define como uma atividade em que se cria algo novo, podendo caracterizar-se por ser objeto do mundo externo ou construção da mente/sentimento do sujeito. As crianças com dificuldades no que tange à linguagem oral podem estar circunscritas em processos da atividade criadora demandando, contudo, uma mediação ainda mais efetiva. Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo analisar de que maneira a CAA age na construção e no desenvolvimento da linguagem e da imaginação e criação em sujeitos de 02 a 15 anos com paralisia cerebral e com atrasos significativos de linguagem. Como aporte teórico, temos a Análise do Discurso, o Interacionismo brasileiro, os processos de criação e imaginação de Vygotsky, e estudos mais recentes sobre Comunicação Alternativa e Ampliada. Metodologicamente, segue-se nessa pesquisa o método clínico-qualitativo quando se remete aos atendimentos fonoaudiológicos no setting terapêutico. A pesquisa foi realizada com seis crianças com alteração significativa de linguagem. Os atendimentos foram semanais, realizados no período de agosto de 2010 a agosto de 2011, subsidiando a construção e desenvolvimento da linguagem das crianças, mediante a interação e a estruturação psíquica e lingüística implicadas no processo fonoaudiológico. Como resultados podemos destacar, de maneira sucinta: a implementação e aprimoramento da CAA com os sujeitos; a construção da linguagem em todas as suas dimensões; o desenvolvimento da atividade criadora; a formação do terapeuta/pesquisador. Concluímos que o trabalho desenvolvido neste projeto aponta para uma formação terapêutica que revela a necessidade de que formulações teóricas devam se originar na clínica, e a ela sempre retornar. O caminho percorrido nestas ações não para e sua configuração é tecida em fios de sentidos e possibilidades.

 

(1) profa. Adjunta Do Departamento de Morfologia-DMO da Universidade Federal de Sergipe – UFS. Grupos de pesquisa: A construção da linguagem, patologias e a prática clínica/UFS; Educação Especial: abordagens e tendências/ UFES.

(2)Fonoaudióloga, graduada na Universidade Federal de Sergipe-UFS: Grupo de pesquisa: A construção da linguagem, patologias e a prática clínica/UFS. Mestranda em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica-SP.

(3)Fonoaudióloga, graduada na Universidade Federal de Sergipe-UFS: Grupo de pesquisa: A construção da linguagem, patologias e a prática clínica/UFS.

(4)Aluno da Graduação em Fonoaudiologia – Iniciação Científica/PIBIC – Universidade Federal de Sergipe – UFS/ Grupo de Pesquisa: A construção da linguagem, patologias e a prática clínica/UFS.

 

 

 

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